Vou começar esse post com uma fala do Cortella:
“O tema da felicidade não pode ser banalizado, olhado de uma maneira menos densa, porque ele, em última instância, é aquilo que de maneira geral, quase sempre, nós dizemos que queremos ter, queremos encontrar. Portanto, temos a felicidade como nosso horizonte.”
Mari Sergio Cortella – Livro: Felicidade Modos de Usar
Eu concordo que vemos a felicidade como o nosso horizonte, afinal, estamos sempre em busca de alcançar os objetivos que traçamos sejam eles pessoais, amorosos e profissionais. E lutamos por eles para no final nos sentirmos realizados, portanto, felizes.
A grande pegadinha é o como chegamos nesse horizonte, se é que chegamos nele. Freud defendia que todo indivíduo é movido pela busca da felicidade, mas essa busca seria uma utopia, uma vez que para ela existir, não poderia depender do mundo real, onde a pessoa pode ter experiências como o fracasso e decepção, logo, o máximo que o ser humano poderia conseguir, seria uma felicidade parcial. O que Freud já expressava no século passado é que felicidade não é um horizonte e sim um sentimento do estado presente.
Atualmente, sofremos da tirania da felicidade, que é a imposição da sociedade em nos sentirmos felizes a qualquer preço e a todo momento, mas não somente pelo o que realmente nos faz feliz. E na grande maioria das vezes, não nos damos conta disso.
Okay Elaine… mas o que você está tentando dizer?
Falei tudo isso, para dizer que a felicidade não pode ser nosso horizonte, mas sim nosso maior motivador diário de vida, ou seja, ele é o agora. Como Cortella disse: “felicidade não pode ser olhado de maneira menos densa”, e por isso precisa ser olhado, questionado e entendido diariamente. Além disso, a felicidade não pode ser imposta por ninguém e nem a qualquer custo, portanto, saber quem somos e o que nos faz bem é primordial em nosso bem-estar.
Mas infelizmente não fazemos isso, quantos de nós sonhamos com uma determinada profissão e acabamos em outra, quantos de nós sonhamos em morar em um lugar e estamos em outro completamente diferente, quantos de nós sonhamos com uma vida X e temos uma vida Y? Pois bem, a diferença entre o seu sonho e seu estado atual é a projeção no horizonte e a tomada de decisão que fazemos no imediatismo ou necessidade sem mesmo pensar no que realmente queremos e gostamos.
Essa lacuna entre o presente e o horizonte é um caminho longo, sinuoso, e cheio de obstáculos que se não olhado com carinho e atenção machucam e geram traumas, ansiedade, estresse e possivelmente depressão. Não estou dizendo que o contrário seria fácil e lindo, mas seria menos doloroso pois estaria pautado no autoconhecimento e esse sim, é um grande aliado em cada passo dado desse caminho. Vivendo em total plenitude o momento presente.
A felicidade é um estado de bem-estar, contentamento, aceitação e realização que pode ocorrer por vários motivos e a consciência e autoconhecimento aumentam a felicidade, como diz Leandro Karnal: “aumentam a capacidade de ser receptivo à felicidade”.
Resumindo, a felicidade é uma escolha diária e essa escolha esta em nossas mãos!
Me conta, como tem sido o seu caminho atualmente? Você está feliz com a sua jornada e seu momento presente?
Abraços,
Elaine!